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TUF Brasil 2 tem técnicos boa-praça e formato renovado para se firmar

Jorge Corrêa e Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

17/03/2013 12h00

Um ano depois de estrear no Brasil, o reality show do UFC The Ultimate Fighter volta às telas neste domingo, na Rede Globo, para a abertura de sua segunda temporada. Com o país em alta dentro da organização e uma boa audiência da primeira edição, a continuação do projeto foi confirmada rapidamente em 2012 e agora 28 lutadores vão brigar pelo prêmio - um contrato com o maior evento de MMA da atualidade.

Mais uma vez, a temporada começa um pouco escondida na programação global, sendo transmitida depois do Big Brother Brasil. Para manter a audiência e tentar ir além, consolidando o reality show, a aposta é em dois técnicos de perfil mais boa-praça, diferentemente da rivalidade entre Vitor Belfort e Wanderlei Silva, e algumas novidades no formato.

O principal diferencial do 2º TUF Brasil é que não serão dois contratos em disputa. Em 2012, Cezar Mutante, peso médio, e Rony Jason, pena, foram os campeões. Agora, só competem pesos meio-médio, e a final será realizada no dia 8 de junho, no mesmo evento em que os novos treinadores, Rodrigo Minotauro e Fabrício Werdum, farão revanche de um duelo de 2006, quando o baiano venceu no Pride.

Minotauro e Werdum têm um perfil mais “tranquilo” que o dos técnicos anteriores e, pelo que comentaram até aqui - lembrando que o conteúdo é mantido sob sigilo no contrato dos técnicos e competidores -, não prometem grandes brigas e confusões. “Mas não é porque não tem briga que não vai ser legal”, faz a ressalva Werdum. Minotauro também promete uma edição movimentada: “Souberam escolher bons lutadores, mas também caras de personalidade, caras interessantes para o programa.”

Outra novidade é que a primeira fase, que corta metade dos lutadores e define quem vai para a mansão do reality show, foi dividida em dois episódios. Cada um terá sete lutas para decidir os 14 que avançam. A aposta é em explorar mais as emoções vividas pelos competidores, inclusive com a presença de suas famílias para este combate realizado à frente dos técnicos e dos dirigentes do Ultimate.

Também neste aspecto, um atrativo é que entre os lutadores que entram na mansão, mesmo com uma derrota ainda será possível disputar o título. Com 14 lutadores na disputa, uma vitória leva às quartas de final, mas ainda faltaria um competidor: entra aí o papel do wild card (uma repescagem), com os técnicos definindo quem volta para a competição, ao modelo de algumas edições norte-americanas do TUF.

Se a primeira edição teve lutadores carismáticos como Massaranduba, Serginho e Gasparzinho, mas poucas intrigas e confusões, a expectativa é de um clima mais quente entre os participantes, com mais brigas e pegadinhas na casa em que eles ficam morando, isolados do resto do mundo, em São Paulo.

“As pessoas não percebem que quando você vive nesta casa e vive com as pessoas com quem irá competir, a pressão é enorme o tempo todo”, explica Dana White, que elogia a matéria prima encontrada no Brasil. “Não sei o que é, se é algo que tem na água que os brasileiros bebem, mas os lutadores daqui são durões e adoram competir.”

O TUF Brasil 1 rendeu para quase 11 dos 16 participantes a continuidade com o plantel do UFC, e os campeões garantiram status de estrela entre o público brasileiro. Melhor para Rony Jason, que desde faturou o reality voltou a vencer no UFC 153, com um nocaute, mas pior para Cezar Mutante, que não luta desde a final do programa, devido a uma lesão.